A Liga está no ar desde 2010 nas noites de terça da Band. O programa foi lançado com a missão de mostrar assuntos diferentes através de perspectivas distintas. Ainda em 2010, tinha como principal atrativo Rafinha Bastos, o polêmico humorista e ex-CQC. Além dele, A Liga sempre contou com outros apresentadores. Mas o que parecia interessante na teoria, nem sempre se mostrava atraente na prática. 

Por muitas vezes, os assuntos caiam no lugar comum. Temas que já tinham sido abordados em outros programas do gênero ou que não apostavam em um olhar diferenciado pra um tema em destaque. Os apresentadores também não ajudavam, já que muitos não tinham carisma ou eram rostos conhecidos do grande público. Do início, só sobrou Thaíde. De resto, todos mudaram. 

A estreia da nova temporada aconteceu na terça passada. Um novo time, formado por Thaíde, Cazé (que está desde o ano passado), Mariana Weickert, Rita Batista e China. O tema, funk ostentação, foi brilhantemente escolhido, se aproveitando da moda e também da morte do funkeiro MC Daleste. E o programa, que tinha tudo pra cair no sensacionalismo ou no lugar comum, ficou perfeito, divertido e emocionante. Uma boa aula de união entre jornalismo e entretenimento. Sim, isso é possível!

As surpresas ficaram por conta das participações dos novatos Mariana, Rita e China. Novatos no programa, mas já carinhas conhecidas da televisão. Todos com estilos diferentes, mas que conseguem imprimir personalidade. Ora com a leveza de mostrar o que torna o funk ostentação tão famoso, ora relembrando a morte de um MC desse gênero. Tudo para que o telespectador reflita sobre o tema, mas com o ponto de vista de cada um que faz parte dessa Liga. Edição, texto, trilha, tudo em sincronia pra manter o telespectador atento e querendo mais, mesmo que o funk nem seja o estilo de música predileto.

Não por menos, a audiência foi uma das maiores do programa e da emissora este ano. Na próxima terça, o assunto é a religião e homossexualidade. Tema escolhido justamente na semana em que o Papa desembarca no país. Eles vão mostrar a vida de um ex-gay e de uma drag queen. Se esta nova temporada seguir na mesma linha que o primeiro episódio, teremos um novo vício na televisão aberta. E verdade seja dita, o que não se via há algum tempo. 

A Liga, na Band, todas às terças, 22h30. 

Curti: os novos apresentadores do A Liga. Imprimem personalidade e prometem ser um dos destaques da temporada, além dos próprios temas. 

Não curti: Thaíde é o único apresentador que está desde o início e sempre me pareceu ser o menos aproveitado no programa. Na primeira temporada, até tinha destaque, mas com o tempo, desapareceu.